O outro lado da moeda: Logotipos duvidosos
- Amanda Arruda
- 7 de jan. de 2016
- 2 min de leitura
Vou começar explicando uma coisa: beleza e feiura são coisas extremamente subjetivas. O que eu considero bonito, você pode achar uma trombada de faca no escuro (entenda-se EXTREMAMENTE FEIO), e vice-versa.
O conceito aplicado aqui por mim para definir um "logotipo duvidoso" é o seguinte: eles passam uma mensagem TOTALMENTE contrária a que se propõem. Logo, não funcionam.
Vamos começar pelos pornográficos:
1- MENSAGENS PORNOGRÁFICAS
Aqueles cujas intenções eram o oposto do que todos acabaram enxergando
Restaurantes, antenas, departamentos de saúde, yoga, livrarias... a intenção inicial foi totalmente prejudicada pela obviedade da mensagem sexual. Tsc, tsc...
2- MENSAGENS CONTRÁRIAS
Aquelas cuja execução da idéia não atingiu a intenção inicial

O nome da revista é Pense Leve, mas com essa tipografia pesada, a letra V voando mais parece ter sido espremida entre as outras letras ao invés de dar a sensação de leveza.

O contraste das cores causa certo desconforto ao olhar, e o contorno no nome dá um ar bagunçado e desleixado ao resultado final.

No post anterior, eu escrevi sobre como logotipos com poucos elementos funcionam melhor para a rápida compreensão do público. Pois bem, este é um exemplo de excesso prejudicial. Muitos elementos que confundem a compreensão rápida, e se não fosse a tipografia abaixo, nem conseguiríamos descobrir sobre o que se trata.

Olha o Word Art ai. Torno a dizer; imagine você, em uma rodovia a mais de 100 por hora. Ai você dá de cara com um outdoor com este logo. Conseguiu ler? Conseguiu captar a mensagem?

A minha ressalva com este logo é a tipografia: a Papyrus pode ser uma fonte interessante, mas tente usa-la em um letreiro de 2 metros. As falhas propositais da Papyrus para que ela pareça um pergaminho corroído, quando usadas em um tamanho grande, deixam um aspecto carcomido e um ar de fragilidade - ou seja, aspectos totalmente indesejados para uma marca.

Este é o logo de um banco. Mas esta curva vermelha dá um dinamismo geralmente visto em itens esportivos. Quanto as cores, o azul nos remete à tecnologia, e o vermelho á movimento, paixão. Escolhas estranhas para um banco.

Mais um com a Papyrus. Uma fragilidade atípica para uma marca que mexe com carros. As cores do logo acima cairiam melhor para este aqui. Os traços do carro também estão muito finos, sendo que quando falamos em carros, a sensação que procuramos passar é a de força e rapidez, não de fragilidade.
3- LOGOTIPOS MAL EXECUTADOS
Entenda-se mal feitos mesmo
Recortes mal feitos, efeitos de Word Art, mal uso do kerning, camadas mal ajustadas... um acabamento mais cuidadoso e o resultado seria mais harmonioso.
Moral da história: todo mundo tem um amigo com a mente mais suja, que enxerga coisas em todo o lugar. Mostre suas criações a ele. Se ele não vir nada de duplo sentido, então você passou no teste :)
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